Encontra-te com a Ciência é a iniciativa que marca o arranque do Projeto Missão Ciência e Arte, uma parceria entre a Universidade de Évora (UÉ) e a Câmara Municipal de Évora (CME), em colaboração com os Agrupamentos de Escolas da cidade, que pretende transmitir o que é a ciência e o que fazem os cientistas, estimulando nos mais jovens o gosto pela descoberta, nas mais diversas áreas do saber, das artes às ciências e às letras.
Mais de 30 atividades em diferentes áreas científicas transformam o Pólo da Mitra, nos próximos dias 17 e 18 de março, num laboratório científico, onde mais de 1000 alunos do ensino básico e secundário são cientistas por um dia.
Cultivar uma horta ecológica numa hora, passear na Herdade da Mitra para observação, coleta e identificação de Fungos (cogumelos), descobrir cores mágicas em solução e mensagens misteriosas ou conversar sobre pinguins: histórias e atividades de cientistas na Antártida, são apenas algumas das atividades propostas pela Escola de Ciências e Tecnologia (ECT) da UÉ, a que aderiram mais de uma dezena de escolas.
A um ritmo crescente até ao final de 2016 vão surgir outras iniciativas integradas neste projeto-piloto, desde conversas com cientistas a oficinas criativas, até blocos de ciência especialmente preparados para estimular o espírito científico nas mais diversas faixas etárias.
A Escola de Artes da UÉ também abre as suas portas à comunidade, promovendo amanhã, dia 16, um Open Day dirigido aos alunos das diversas Escolas Secundárias do Alentejo, uma iniciativa que pretende permitir um contacto mais próximo com as diversas realidades científicas e artísticas desta unidade orgânica da UÉ, contemplando atividades como aulas abertas e oficinas em torno da Arquitetura, das Artes Cénicas, das Artes Visuais e Design e da Música.
Universidade de Primavera Encontra-te com a Ciência | Dia da ECT
Open Day 2016 da Escola de Artes da Universidade de Évora
Mais informações em www.uevora.pt
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Sara Albuquerque, autora do conto “Frederico e a Planta Maravilhosa”, destinado a crianças entre os 6 e 10 anos, realizou no passado dia, 16 de dezembro, uma leitura da sua história infantil a quatro turmas da Escola Básica do Bairro da Câmara.
Sara Albuquerque, apresentou para mais de 80 alunos, a história do encontro entre o naturalista Frederico Welwitsch e Tumboa, uma planta do deserto que ficou mais tarde conhecida como Welwitschia, em sua homenagem.
Welwitschia mirabilis, nome adotado pela comunidade científica, é também chamada de polvo-do-deserto pela forma das suas duas únicas folhas de crescimento contínuo, podem alcançar os quatro metros.
Originária do deserto do Namibe em Angola, no Continente Africano, esta planta com características extraordinárias que sobrevive desde o tempo dos dinossauros, e que se adaptou a condições extremas é, a par com Frederico a protagonista desta história de amizade que teve início a 3 de setembro de 1859, aquando do primeiro registo nas notas originais do naturalista.
Sara Albuquerque é Bióloga de formação, doutorada em História da Ciência e investigadora no Instituto de História Contemporânea, do Pólo da Universidade de Évora.
“E se as nossas preferências alimentares se deverem à nossa saliva?” foi o tema proposto por Elsa Lamy, para a primeira atividade da rubrica “Uma Hora com Ciência” do Programa 2020/2021 do Projeto Missão Ciência e Arte.
A turma de 4º ano da Escola Básica do 1º ciclo do Bairro da Senhora da Glória foi o palco desta atividade, que decorreu no dia 25 de novembro e transformou a sala de aula num laboratório científico.
Além de aprenderem sobre a dieta mediterrânica e alimentação saudável, os alunos ficaram a perceber melhor as preferências alimentares e o porquê de algumas pessoas gostarem muito doces, enquanto outras preferem comer frutas e vegetais ou alimentos salgados.
Elsa Lamy explicou que “Uma das coisas em que somos diferentes é na forma como percebemos as características dos alimentos, quando estes estão na boca. Há quem perceba os paladares como sendo muito fortes, outros percebem como mais suaves e, à semelhança da nossa altura ou da cor dos nossos olhos ou cabelos, o que está dentro da boca de cada um de nós não é igual”.
Por esta razão, as atividades realizadas no âmbito desta iniciativa passaram pela boca. Através do corante azul, os alunos puderam identificar as papilas gustativas e, com base num jogo lúdico, ficaram a conhecer melhor os 5 diferentes paladares- doce, azedo, salgado, amargo e umami- recebidos pelos recetores de sabor com a ajuda da saliva, um fluído com moléculas responsáveis por esta e muitas outras sensações percebidas durante a alimentação.
Elsa Lamy, estuda desde 2002, a bioquímica da saliva, nomeadamente, a proteómica salivar e a sua relação com a perceção oral e preferência alimentar.
“Criatividade na barrística. É a arte `natural’?” foi o tema da primeira oficina criativa que juntou, no Laboratório de Cerâmica do Colégio dos Leões, uma turma de crianças entre os 3 e os 6 anos e o investigador da Universidade de Évora, Tiago Cabeça.
A turma heterogénea do ensino pré-escolar dos Salesianos de Évora rumou, dia 14 de março, a este polo destinado aos ensinos artísticos na Universidade de Évora para arregaçar as mangas e criar peças e esculturas da sua autoria.
Além de aprenderem o que é o barro e a sua composição, as crianças aprenderam também a trabalhá-lo desde o amassar, passando pela criação da peça até à sua
finalização através da cozedura no forno. Esta atividade que sensibilizou os seus participantes para a arte da olaria, despertando através de experiências sensoriais e
criativas, a curiosidade dos mais novos para esta tradição milenar.
Esta oficina criativa destina-se a crianças e adultos de todas as idades e procura e estimular o gosto pelo material mais primitivo que conhecemos, bem como fomentar
uma aprendizagem pedagógica através de diferentes temas adequados a cada faixa etária.
O ceramista Tiago Cabeça é Licenciado em Artes Visuais (2016), Mestre em Práticas Artísticas (2018) e Investigador no Centro de História de Arte e Investigação Artística
da Universidade de Évora (CHAIA), encontrando-se atualmente a trabalhar o tema da Criatividade na Arte Barrística na sua tese de Doutoramento em História da Arte.